Oito em cada dez acidentes de trabalho no Brasil acontecem com
funcionários terceirizados. Eles também são a maioria no número de
mortos. Para cada cinco óbitos por acidente de trabalho, quatro são de
terceirizados.
No ano de 2011, o setor elétrico foi o que mais registrou mortes de
trabalhadores. Foram 79. Cerca de 80% das vítimas eram funcionários
terceirizados. As informações estão em uma pesquisa feita pela CUT,
Central Única dos Trabalhadores, em parceria com o Dieese.
Elas foram apresentadas pela Secretária Nacional da CUT, Graça Costa,
durante a reunião de Ministros do Comitê executivo da Agenda Nacional
de Trabalho Decente nesta quarta-feira em Brasília.
O diretor da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, José
Ricardo Alves, questiona os números negativos sobre a terceirização e
defende o Projeto de Lei 4330, que regulamenta esse modo de contratação.
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, pondera que a
regulamentação dos terceirizados é necessária. Mas ele defende um
diálogo para se definir o melhor texto ao projeto.
O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, critica o projeto que
regulamenta a terceirização. Ele diz que a medida fragiliza as relações
trabalhistas.
Um dos pontos mais polêmicos do projeto permite a terceirização da
atividade-fim da empresa, ou seja, a atividade principal. Aprovado na
Câmara dos Deputados, o projeto vai ser analisado pelo Senado.
Confira o texto na íntegra, acessando o site: http://www.ebc.com.br/
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